Gambiarras Sentimentais
2023
Autora
Gambiarras Sentimentais é um livro de contos dividido em três partes. “Dramas rápidos, mas intensos” que se relaciona com o universo do teatro e se vale dos artifícios da dramaturgia para sua composição. “Sereias feias contra-atacam” que trata de monstras em busca de revanches, esmiuçando contradições do feminino. E “Regar a planta baixa” que traz uma escrita mais ao lírico que ao ácido, onde cada conto é a casa de alguém.
Gambiarras Sentimentais é um livro de contos dividido em três partes.
“Dramas rápidos, mas intensos” que se relaciona com o universo do teatro e se vale dos artifícios da dramaturgia para sua composição. “Sereias feias contra-atacam” que trata de monstras em busca de revanches, esmiuçando contradições do feminino. E “Regar a planta baixa” que traz uma escrita mais ao lírico que ao ácido, onde cada conto é a casa de alguém. O livro flerta com o excesso, o exagero, mas também com o teatro produzido sem dinheiro, evocando um cenário feito de corações em chamas, corações flechados, corações remendados com fita crepe apoiados numa estampa de oncinha. Decote de oncinha e batom vermelho. Marca de batom num guardanapo engordurado. Tudo de má qualidade. Gambiarras Sentimentais é um livro que gostaria de ser plotado nos para-choques de caminhão, referenciado nas ilustrações feitas em paredes de bar, legendado nos karaokês em que não se distingue a voz de quem canta. O livro trata do arranjo que dá pra fazer, a gambiarra, em suma.
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“O sarcasmo e a honestidade sincericida de Gambiarras Sentimentais são idiomas tão importantes no texto de Lara Duarte quanto a própria língua portuguesa. As geringonças que aqui habitam são tão absurdas que poderiam ser seus vizinhos, suas colegas, sua mãe… Quem sabe até você. O quão terrivelmente humanos somos? E com quantas varetas se faz uma Gambiarra Sentimental?” Lana Scott.
“Como é bom uma aventura de situações penduradas nas palavras. Quanto amor nessa plataforma. Não quero desgrudar das suas palavras, Lara. São gostosas. Suas frases são gostosas. Me levam a paisagens e me abrem para eu continuar no vão livre dos seus sóis artificiais. Lara Duarte, uma estátua pensante de infinitos materiais e mobilidades, na prateleira das divindades mais exuberantes.” Georgette Fadel
Eu ia dizer que a "casa de Lara" é feita de palavras, mas tem tanto sangue, tanto gozo, tanta lágrima que é preciso desconfiar de qualquer coisa que se apresente como definitiva e estrutural. Em sua semiótica abjeta, Lara não recua diante das matérias mais contraditórias. O amor, o sexo, a família, os acordos - todos com suas devidas "gambiarras" - dissecados através desses relatos selvagens, tanto quanto, "sentimentais". Janaina Leite