Dramaturgia Monstra!
2023
Criadora e Pesquisadora
Como se pratica dramaturgia? Nessa caixa existem cartões dramatúrgicos divididos nos seguintes subgrupos: A monstra da estase, a monstra imagética, a monstra da palavra, a monstra corpórea, a monstra dialógica, a monstra monológica, a monstra épica, a monstra lírica, a monstra melodramática, a monstra trágica, a monstra cômica, a monstra heroica, a monstra do documento, a monstra autobiográfica, a monstra fabular, a monstra das trajetórias, a monstra da rua, a monstra cotidiana.
Nessa caixa existem cartões dramatúrgicos divididos nos seguintes subgrupos: A monstra da estase, a monstra imagética, a monstra da palavra, a monstra corpórea, a monstra dialógica, a monstra monológica, a monstra épica, a monstra lírica, a monstra melodramática, a montra trágica, a monstra cômica, a monstra heroica, a monstra do documento, a monstra autobiográfica, a monstra fabular a monstra das trajetórias, a monstra da rua, a monstra cotidiana. São justamente cartões, livres em seu manuseio, para que muitas combinações de exercícios sejam possíveis. Assuma a responsabilidade ao liberar as criaturas. Uma vez aberta, a caixa já não pode mais ser fechada.
Os cartões foram criados em parceria com o artista visual Victor de Paula e integram a pesquisa de mestrado “Compêndio de decomposições: por uma dramaturgia monstra!” realizada na UNICAMP nos anos de 2021, 2022 e 2023.
A pesquisa tem como obejtivo a criação do Compêndio de Decomposições Dramatúrgicas, a partir da análise de dramaturgias contemporâneas e seus processos criativos, e também da investigação sobre a noção de monstro em diversas áreas do saber. O Compêndio é uma sistematização dos dispositivos de criação, em caráter de instrução, exercício, ou outros tipos de comunicação escrita e/ou visual, que possibilitem a novos dramaturgos reperformarem tais experiências em seus próprios processos, bem como ampliar as reflexões sobre o campo da dramaturgia performativa. A noção de decomposição é inaugurada por Jean-Pierre Sarrazac em Léxico do Drama Moderno e Contemporâneo, no qual o autor propõe um resgate e uma recusa dos paradigmas de composição baseados no modelo dramático, sistematizando em verbetes o que considera serem os elementos principais do drama. A pesquisa investiga a possibilidade de que a análise e a criação de obras performativas possam se dar, também, através de estruturas dramatúrgicas, em seu sentido expandido. Compreender estruturas dramáticas e literárias enquanto dispositivos de criação para além do drama, e para além da palavra, é um importante pilar desta pesquisa. Para isso, é fundamental a ideia de monstro, que aqui funciona como uma equivalência para a noção de performance, no que tange a centralidade no corpo, a importância da experiência e a desestabilização da representação. A pesquisa aborda a cena performativa através das obras de Janaina Leite (Conversas com meu pai), Grace Passô (Vaga carne), e do grupo do Teatro Base (A bunda de Simone), através do aprofundamento nos aspectos do autobiográfico, da dramaturga em cena, e da escrita colaborativa, respectivamente. Além disso, outras importantes abordagens na pesquisa englobam questões acerca do dramaturgismo e da cena curta, bem como experiências dramatúrgicas nas linguagens da pornografia e da ópera.
Primeiro capítulo da dissertação disponível para download em: